Na mente persistem guardados antigos
Que apreendem o corpo em amarras do tempo
Em gestos tensos de movimentos dispersos
Nos passos que tropeçam nas pegadas da vida.
Entala na garganta fagulhas sangrentas
Que incendem na boca um gosto pungente
Na face transparece amarguras ocultas
E, um sorriso amarelo encobre o pranto.
No olhar que aferrenha centelhas remotas
A voz silencia palavras confusas, gritantes
No peito uma dor de feridas entreabertas
Na pele as marcas de mutiles recentes.
Então: é um espirito passageiro do agora
Navegante de tormentas sofridas outrora
transmuta suas dores do corpo e da alma
renasce para o mundo. Uma metamorfose!
(fatima fontenelle lopes)
Rascunhos da Alma