O amor é uma coisa danada
Que mexe, remexe, tateia
Chega, aperta, afrouxa
Sacode, estuga e alucina
O amor é assim como o vento
Que vem, rasteja, assobia,
Acelera, arrasta, agita,
Apalpa, assusta e instiga.
O amor é fogo que queima
Feito brasa a pele incendeia
Em labaredas, faísca, fumaça,
Amorna, esquenta e excita.
O amor é então desse jeito,
Metido, atrevido, meloso,
Uma chama que apaga e acende
O corpo e a alma da gente.
Maria de Fatima Fontenele Lopes)
Rascunhos da alma
30.04.2016
Antologia: Elas Brilham
Editora Brunsmarck