Sou um sujeito sem sonhos concretos
Sagrando no corpo por veias latentes
Na garganta entala o meu pranto antigo
Que trago com a vida de tempos distantes
Sou o oposto de todos os seres viventes
Um ser pensante, errante, divergente, mutável
Carrego comigo certezas inconstantes
Na alma a marca de fissuras inocentes.
Sou o bem e o mal de tudo que penso
Um ser onipotente e por hora quebrável
Trazendo na mente feridas cruentas
E na pele as dores de um passado presente.
Sou então, o fragmento de ideias errantes
Defendo-me do "outro" tenebroso, distante
Trago no íntimo uma certeza oculta
Sou o que quero e não mais quem eu sou!
(fatima fontenele lopes)
Rascunhos da alma