À noite olhei para o céu
Uma estrela vi brilhar
Ela chegou mansamente
Para o meu sonho iluminar.
Foi assim num instante
No infinito fui parar
Flores pelo caminho
Levitavam-me pelo ar.
O silêncio era profundo
Muito encanto e magia
A brisa tocava o meu rosto
O teu perfume embevecia.
Tudo ali era sublime
Chuva de pétalas emergia
Os teus olhos enigmáticos
Silenciavam a minha voz.
Naquele mundo misterioso
Uma sonata ouvi cantar
O vento trazia o teu cheiro
Impregnava todo o lugar.
De repente uma claridade
A inatingível lua cheia
Indicando-me o caminho
Chegou a hora de voltar.
Do meu devaneio acordo
Suavidade no despertar
A ausência e a saudade
O jeito doce de amar.