Saudades daquele velho tempo
Na deslumbrante praça da cidade
Das muitas voltinhas com amigos
Ouvindo músicas da jovem guarda.
Do girar ao redor da pracinha
Para arrumar um namorado
Do olhar tímido e atravessado
De um paquerinha apaixonado.
Daquele banco escondidinho
Debaixo do pé de flamboaiã
Um deleite para os encontros
Dos eternos enamorados.
Do antigo carrinho de pipocas
Do vendedor de algodão-doce
Da flor vermelha do canteiro
E do sorriso do afável sorveteiro.
Do escurinho do antigo coreto
Da encantada noite de lua cheia
Daquele abraço bem apertadinho
E do delicioso beijinho roubado.