Não me busque no céu todo azul
Nas nuvens brancas que passam
No nascer do sol no amanhecer
E nem no vento forte apressado.
Na chuva tempestuosa da tarde
Nos raios que caem sobre a terra
No trovão que trepida o telhado
E nem nas águas do rio que correm.
No arco-íris que surge majestoso
Nas cores que enfeitam o infinito
No lindo botão de rosa amarela
E nem nas gotículas do orvalho.
No belo pôr do sol do inverno
Na estrela cadente passageira
No frio da madrugada do sertão
E nem no esplendor da lua cheia.
Encontre-me no silêncio encantado
No canto de um pássaro apaixonado
No voar suave da ofuscante borboleta
E no florear da flor branca na janela.