Corre-se da morte todo dia
Como o diabo foge da cruz
É uma batalha desgramada
Um suplício atormentando.
Morre-se a todo instante
De desamor, de desvalia
Por falta de amor próprio
De uma paixão e de agonia.
Do pensamento desvairado
Da velha crença enraizada
De um amor mal arrumado
Do sentimento entristecido.
Do sofrimento petrificado
Da saudade desesperada
De uma partida apressada
Sem adeus, sem despedida.