fatima fontenele lopes
Rascunhos da alma
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SUPLÍCIO ATORMENTADO 

Corre-se da morte todo dia

Como o diabo foge da cruz

É uma batalha desgramada

Um suplício atormentando.

 

Morre-se a todo instante

De desamor, de desvalia

Por falta de amor próprio

De uma paixão e de agonia.

 

Do pensamento desvairado

Da velha crença enraizada

De um amor mal arrumado

Do sentimento entristecido.

 

Do sofrimento petrificado

Da saudade desesperada

De uma partida apressada

Sem adeus, sem despedida.

 

 

Maria de Fátima Fontenele Lopes
Enviado por Maria de Fátima Fontenele Lopes em 20/01/2023
Alterado em 20/01/2023
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