fatima fontenele lopes
Rascunhos da alma
Textos

A BALADA DOS INSETOS

Ressurgindo plena do casulo

A Borboleta bateu asas e voou

Sorriu ao cruzar com a Abelha

Que alegre do apiário drapejou.

 

Adiante ela encontrou a formiga 

Cortando folhas secas pelo chão

Viu o Calango balançar a cabeça 

Para a pequena lagartixa passar. 

 

Seguiu e pousou em um arvoredo

Olha, quem ela encontrou no lugar

Uma gigante nuvem de Gafanhotos

Que toda a plantação veio devorar.

 

Agoniada, ela revoou bem veloz

O avexado Grilo acabou de chegar

Aos gritos ele somente saltitava 

As suas asas não sabiam voar.

 

Rápido chegou a dona Cigarra

O som vibrante era de arrepiar

Um gemido longo e estridente

Apavorando os insetos de lá .

 

De repente apareceu o Mosquito

Juntinho dele a Vespa também

O Bicho-Pau, fino feito um graveto

Com a Mutuca querendo pousar.

 

Ligeiramente encostou a Libélula

Com os olhos grandes e assustados

Ainda; o Cupim, o Besouro, a Mosca

E o magro Louva-a-Deus ajoelhado.

 

A Pulga estava muito engraçada

Dava cambalhotas para todo lado

Anoiteceu, vem um lindo Luzeiro

Era o Vaga-lume todo iluminado.

 

Então, a confusão logo se instalou 

A Borboleta resolveu então voltar

Para findar a balada dos insetos

E pôr ordem ao barulhento lugar.

 

30.08.2021

 

Maria de Fátima Fontenele Lopes
Enviado por Maria de Fátima Fontenele Lopes em 18/03/2023
Alterado em 20/03/2023
Comentários