POETA COLIBRI
Poetas e seresteiros
O rouxinol, o bem-te-vi
A insanidade da lua cheia
O canto alegre do colibri.
Todo o dia eles bendizem
A tua imaculada loucura
Divina peripécia da noite
Busca a estrela mais bela.
Do refúgio da madrugada
O gesto de amor inocente
Corrente da chuva grossa
No céu lampejo do medo.
Abrigo do meu abraço
Do tempestuoso trovão
Da abrupta noite em claro
Do inverno do meu sertão.