Foto: Ticiano Fontenelle
FLOR DESPIDA
Sorriu, tão simplesmente
Olhou para o imenso vazio
O tempo parou no anoitecer
Ela, contemplou o infinito.
O medo junto ao vendaval
Forte, distante, assustador
O tormento revirou o corpo
Ela tremeu no seu pranto.
Como a flor desfalecida
No voo do orvalho friento
Ouvia-se balbúrdia distante
Ela repousou na calmaria.
Pálida, serena, encantada
Despiu-se, admirou o céu
Abriu-se no instante a porta
Ela, sequer olhou para trás.