Vento sopra gélido
Na vidraça fechada
De uma alcova vazia
Sob o céu escurecido.
Inerte, olhar sofrido
Sentimentos de dor
Parte-se no coração
O amor antes vivido.
Infinitamente sozinho
Desce na face o pranto
Morre no lábios ávidos
O último doce sorriso.
Desfalece no pôr do sol
A alma nua da saudade
O corpo sangra no adeus
Crepúsculo da partida.